A SITUAÇÃO DA DEFESA DA VIDA sdv@pesquisasedocumentos.com.br DIFUNDA ESTA MENSAGEM. EXPLIQUE A SEUS CONTATOS QUE A DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO É NECESSÁRIA PARA A DEFESA DA VIDA. =========================================== INGLATERRA APROVA LEI DE ABORTO E CLONAGEM CONTEXTUALIZAÇÃO O Parlamento Inglês acaba de aprovar a Human Fertilisation and Embryology Bill, uma das leis de aborto, embriões e fertilidade mais liberais do mundo. O governo do Primeiro Ministro britânico Gordon Brown conseguiu obter dos parlamentares a maioria dos votos necessários para aprovar todos os quatro principais temas. As mesmas técnicas e os mesmos argumentos utilizados para manipular estes temas para o grande público estão também sendo utilizados no Brasil. O assunto é de grande importância para a defesa da vida. Está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal do Brasil a constitucionalidade de uma versão mais branda do mesmo projeto. Leia abaixo com detalhe o que foi aprovado. Difunda esta mensagem. Explique aos seus amigos que divulgação do conhecimento é indispensável para a defesa da vida. =========================================== 1. APROVADA A CLONAGEM DE EMBRIÕES SIMULTANEAMENTE HUMANOS E ANIMAIS. 2. APROVADAS TÉCNICAS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO PARA LÉSBICAS. 3. APROVADA A CRIAÇÃO POR FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA DE IRMÃOS SALVADORES. 4. O ABORTO CONTINUA LEGAL POR QUALQUER MOTIVO ATÉ ÀS 24 SEMANAS (CINCO MESES E MEIO DE GRAVIDEZ). =========================================== 1. APROVADA A CLONAGEM DE EMBRIÕES SIMULTANEAMENTE HUMANOS E ANIMAIS. =========================================== A Câmara dos Comuns votou ontem a favor da investigação científica com embriões híbridos. A técnica de embriões híbridos consiste em retirar o núcleo de uma célula bovina para se inserir material genético humano que serão destruídos ao fim de 14 dias. O resultado é um clone parcialmente humano e bovino. No ano passado cientistas britânicos já haviam clonado um embrião simultaneamente bovino e humano, ao qual permitiu-se viver por apenas 3 dias. Segundo a equipe responsável pela pesquisa, o próximo passo seria fazer com que os embriões sobrevivam pelo menos seis dias, período necessário para a formação das células-tronco. Posteriormente os embriões híbridos terão uma sobrevivência permitida até 14 dias. Antes da permissão excepcional dada em setembro do ano passado pela Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia, agora sancionada definitivamente pela lei, os cientistas podiam usar apenas embriões humanos deixados em clínicas, "sobras de tratamentos de fertilização". Além dos clones de embriões humanos e animais, o projeto original também previa a ferilização de óvulos humanos com espermatozóides animais, a fertilização de óvulos animais com espermatozóides humanos e a criação de quimeras, embriões humanos nos quais são introduzidos células tronco embrionárias animais. Estes procedimentos não foram aprovados pelos Parlamentares, mas a proposta foi considerada e poderá ser reapresentada no futuro. Somente passou a clonagem de embriões humano-animais. A Igreja Católica classificou o processo como monstruoso e imoral. A equipe de pesquisadores argumenta que o trabalho é totalmente ético. "Trata-se de um processo de laboratório e esses embriões nunca serão implantados em ninguém", afirmam os pesquisadores. O Dr. Peter Saunders da Christian Medical Fellowship acusou ontem a mídia tem estado propositalmente calando todos os cientistas que tem possuem argumentos científicos opostos, e que os cientistas interessados nestas pesquisas estão mentindo conscientemente e ocultando seletivamente informações necessárias para o entendimento do público. Explicando por que o público estaria desinformado, o médico afirmou que "O Primeiro Ministro Gordon Brown está dizendo que este procedimento de clonagem híbrida é vital para a pesquisa, e todos os representantes das sociedades de doentes de Parkinson e Diabetes estão repetindo o mesmo. Provavelmente 80% dos Parlamentares realmente estão acreditando nisso. Está definitivamente havendo um tapa bocas por parte da mídia. Em uma entrevista de televisão em que eu estive presente fui perguntado a respeito de minhas objeções, mas quando a entrevista foi para o ar eles haviam cortado tudo e eles sempre fazem isso. Nós não conseguimos irradiar nenhuma objeção científica. Quando falamos somente mandam para o ar as observações que podem ser entendidas como fundamentalistas e religiosas. Deste modo é impossível aos cientistas que pensam diferentemente serem ouvidos pela população". O que é impressionante nestas declarações é que no Brasil os grupos pro vida sabem que o mesmo tem acontecido com entrevistas gravadas por parte de médicos e cientistas a favor da vida quando falam na televisão sobre aborto e células tronco. Todas as informações mais consistentes, factuais ou científicas, são editadas e somente permanecem aquelas em que os apresentadores perguntam sobre certos temas de um modo que necessariamente somente podem ser respondidos do ponto de vista religioso. "Ademais", acrescentou o Dr. Peter, "tenho que ser direto. Estamos desinformados também porque os cientistas interessados nestas pesquisas não estão dizendo a verdade. Eles são muitissimo seletivos no modo como estão explicando as coisas. Eu penso que possuem grandes interesses envolvidos, ideologica e financeiramente, pelo fato das verbas para suas pesquisas virem do governo, e eles não querem restrições em nada. Há também companhias de biotecnologia envolvidas, e as instituições fecharam acordos nisto". "Foi dito que o embrião humano-animal somente irá ser deixado viver até os 14 dias. Mas nós sabemos que nada criado no laboratório permanece ali. Trata-se de uma tecnologia de cabine fechada em que você pode fazer tudo inobservado e que é impossível de ser monitorada". "Além disso estes procedimentos não possuem utilidade e mentiu-se ao público a respeito. São palavras fortes, mas o público foi desinformado e mentiu-se sobre o potencial terapêutico destes procedimentos. Estes embriões são duplamente anormais. Tratam-se de uma mistura de duas espécies e é produzido por tecnologia de clonagem, e não de fertlização. A idéia por trás da clonagem é que você poderia produzir células que seriam reconhecidas como imunologicamente idênticas às do doador que forneceu o núcleo, e com isso seriam evitados problemas de rejeição. Mas nenhum embrião clonado até hoje produziu qualquer linhagem de células tronco embrionárias. Nem sequer com células tronco embrionárias humanas até hoje, depois de dez anos de experiências, foi produzida uma única terapia". http://www.christiantoday.com/article/dr.peter.saunders.on.hybrid.embryos.saviour.siblings.and.abortion/18895.htm =========================================== 2. APROVADAS TÉCNICAS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO PARA LÉSBICAS. =========================================== O Parlamento também aprovou a abolição da necessidade da exist6encia de um pai e também de uma mãe quando uma mulher busca um tratamento de fertilidade, facilitando o acesso de lésbicas a estes procedimentos. Agora os médicos devem apenas assegurar-se de que existem "evidências" genéricas "de uma paternidade de suporte" em vez da presença de um pai. Com isto os ministros do governo britânico afrmaram que não há mais incompatibilidade das leis de fertilização com o princípio da igualdade de direitos e as legislações sobre direitos humanos, pois a exigência da figura paterna é discriminatório contra lésbicas e mães solteiras. =========================================== 3. APROVADA A CRIAÇÃO POR FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA DE IRMÃOS SALVADORES. =========================================== Por meio deste dispositivo agora os pais de crianças doentes que tenham condições genéticas de usar as técnicas de fertilização in vitro podem selecionar embriões para produzir "irmãos salvadores" que uma vez nascidos atuem como doadores de órgãos para salvarem irmãos já nascidos e doentes. Em 2006 a Human Genetics Commission do Reino Unido já havia publicado um relatório aconselhando a permissão legal para a criação de "irmãos salvadores" (saviour siblings). O relatório afirma não haveria problemas que uma criança produzida com a finalidade de doar tecidos ou órgãos, desde que se providenciasse para que ela não fosse considerada apenas um banco de órgãos. O verdadeiro problema que o relatório não menciona é que a criança deve ser genético compatível com o irmão doente já existente e para isso é necessário fertilizar cerca de 50 embriões dos quais, uma vez selecionado o correto, os demais serão todos descartados. Ademais, na maioria dos casos o procedimento não funciona e são pouquíssimos os casos de sucesso com o procedimento. Muitos médicos questionam qual seria o interesse do governo e da mídia em aprovar o projeto, quando sabe-se que podem-se obter resultados semelhantes com muito maior eficiência e menor custo instalando bancos de sangue de cordões umbilicais para todas as pessoas que nascem no Reino Unido. Há 600.000 nascimentos por ano na Grã Bretanha, a tecnologia é conhecida há muitos anos e até hoje existem somente pouquíssimos destes bancos. Se o resultado é o mesmo porém mais eficiente, mais barato e mais seguro, por que o governo inglês patrocina tão obstinadamente o projeto dos irmãos salvadores e ao mesmo tempo não manifesta o mesmo interesse pelos bancos de sangue de cordão umbilical? Uma reportagem da BBC mostra que em 2006 já havia havido casos de criação de irmãos salvadores na Inglaterra. http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/4663396.stm =========================================== 4. O ABORTO CONTINUA LEGAL POR QUALQUER MOTIVO ATÉ ÀS 24 SEMANAS (CINCO MESES E MEIO DE GRAVIDEZ). =========================================== Tentou-se reduzir o prazo máximo para a prática do aborto legal de 24 para 20 semanas, alegando que hoje, às 24 semanas, já é possível que um bebê pode sobreviver e que a dor e o sofrimento fetais deveriam ser levados em consideração. "Penso que chegamos a um ponto em que deve ser dito que este bebê possui também o direito à vida", afirmou uma ex enfermeira que hoje é um dos Membros do Parlamento. Mas o Primeiro Ministro Gordon Brown disse estar a favor do prazo de 24 semanas e que não são a maioria dos bebês de 24 semanas que sobrevivem. Na Inglaterra realizam-se 200.000 abortos legais por ano, dos quais 3.000 com mais de 20 semanas. ====================================================== LEIA A SEGUIR A NOTÍCIA COMO FOI NOTICIADA PARA O PÚBLICO BRITÂNICO PELA REUTERS ====================================================== INGLATERRA: O PRAZO LIMITE PARA O ABORTO CONTINUA EM 24 SEMANAS http://uk.reuters.com/article/topNews/idUKL2072501720080520 20 de maio de 2008 Katherine Baldwin LONDON (Reuters) - O Parlamento votou esta terça feira manter o prazo máximo para a prática do aborto legal em 24 semanas de gestação, desapontando os que promoveram campanhas argumentando que havia havido avanços médicos garantindo maiores taxas de sobrevivência para os recém nasdcidos. Os votos bloquearam as tentativas de baixar o limite legal para 22, 20, 16 ou mesmo 12 semanas na primeira vez em que o Parlamento se debruça sobre este tema em quse duas décadas. O prazo máximo para o aborto havia sido reduzido de 28 semanas para 24 semanas em 1990. A Inglaterra legalizou o aborto em 1968. Muitos países europeus permitem o aborto a pedido até 12 ou 13 semanas de gravidez, depois do que a possibilidade de um aborto fica limitada aos casos onde o bebê ou a mãe correm riscos. A interrupção da gravidez é legal até entre 22 a 24 semanas na Espanha, Suíça e a Holanda. Durante três horas os Membros do Parlamento debateram o direito de escolha das mulheres versus o direito de viver do feto. "Embora realmente houve avanços médicos no cuidado de bebês prematuros, somente um pequeno número de nascimentos após as 24 semanas de gestação pode sobreviver", afirmou ao Parlamento a Ministra da Saúde Dawn Primarolo, argumentando a favor do status quo. Ela disse que não havia evidência científica mostrando um avanço significativo na chance de sobrevivência de um bebê às 24 semanas desde a lei de 1990. O Membro do Parlamento Trabalhista Julie Morgan disse que qualquer tentativa de reduzir o prazo máximo deveria ser considerado um ataque ao aborto e ao direito de escolha. Mas os proponentes de uma redução disseram que seria moralmente errado interromper a vida de bebês com 24 semanas quando é sabido que estas podem sobreviver e que a dor e o sofrimento fetais deveriam ser levados em consideração. "Penso que chegamos a um ponto em que deve ser dito que este bebê possui também o direito à vida", disse a Membro do Parlamento Conservador Nadine Dorries, ex enfermeira, que argumentou a favor de um prazo máximo de 20 semanas e exibiu uma descrição gráfica de abortos tardios. O Primeiro Ministro Gordon Brown disse estar a favor do prazo de 24 semanas. Cerca de 200.000 abortos foram realizados na Grã Bretanha em 2006, dos quais cerca de 3.000 foram realizados após as 20 semanas, cerca de 1,5% do total. O REEXAME DA LEGISLAÇÃO O voto sobre o aborto é o ultimo tema contencioso de um reexame de leis sobre embriologia e fertilidade que remontam a 1990 atualmente em debate no Parlamento. O governo venceu praticamente todos os votos. Pouco antes os Membros do Parlamento votaram a favor pela abolição da necessidade de um pai e também de uma mãe quando uma mulher busca um tratamento de fertilidade, facilitando o acesso de lésbicas a estes procedimentos. O Parlamento aprovou uma lei que estabelece que os médicos que oferecerem serviços de técnicas de fertilização in vitro devem examinar as evidências de uma "paternidade de suporte" ("supportive parenting") em vez da presença da figura de um pai. Os ministros do governo britânico afirmaram que a remoção da necessidade de um pai finalmente permitiram que as leis que regulam os serviços de fertilidade sejam compatíveis com o princípios da igualdade de direitos e as legislações sobre direitos humanos e que exigir a presença de um pai teria sido discriminatório contra lésbicas e mães solteiras. Mas o Membro do Parlamento Conservador Iain Duncan Smith, defendendo a necessidade de um pai, disse que os direitos da criança deveriam pesar mais do que os direitos humanos dos adultos de terem crianças e que a lei enviou uma mensagem segundo a qual "os pais são menos importantes do que as mães". Na segunda feira o Parlamento já havia aprovado outra lei permitindo a pesquisa em embriões simultaneamente humano-animais e permitindo pais de crianças em condições genéticas de usar as técnicas de fertilização in vitro selecionarem "irmãos salvadores" que uma vez nascidos possam atuar como doadores de órgãos para salvarem irmãos e irmãs doentes.